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Menstruação Marrom

Sangramento escuro pode ter diferentes causas, mas geralmente não é sinal de problema de saúde

Artigo revisado pelo Dra. Bárbara Murayama (CRM 112.527)

Menstruação marrom ou escura: o que significa?

A menstruação marrom ou escura, também chamada de menstruação borra de café, quando em pouca quantidade, é normal e geralmente não indica problemas de saúde.

Durante o ciclo menstrual, a coloração e o volume do sangue podem sofrer alterações. No início ou final da menstruação, quando o fluxo de sangue é mais baixo, é natural apresentar essa coloração marrom.

É importante ressaltar que a coloração também é determinada pelo fluxo de sangue. Mulheres que menstruam pouco podem ter sangramentos mais escuros, enquanto as que menstruam mais têm um sangramento vermelho vivo.

Caso o sangramento ocorra em períodos diferentes do ciclo menstrual ou recorrentemente, o indicado é procurar um médico especialista para fazer a análise clínica e pedir exames laboratoriais que vão apontar se tudo está normal ou há algo a ser tratado.

Quais são os sintomas de anormalidades no fluxo menstrual?

Se junto à menstruação marrom aparecerem outros sintomas, pode ser que a mulher esteja com alguma doença ginecológica, hormonal ou até mesmo hematológica.

Os sintomas que podem indicar alterações no fluxo menstrual são:

  • Menstruação que dura mais de 7 dias
  • Ausência de menstruação durante 3 meses ou mais
  • Sangramento de escape (quando há perda de sangue entre uma menstruação e outra)
  • Dores na região íntima
  • Febre acima de 37,8ºC
  • Cheiro forte e desagradável
  • Palidez na pele ou embaixo das unhas

É necessário que um médico especialista investigue a causa para sugerir o tratamento adequado para a paciente.

Quais são as principais causas da menstruação marrom ou escura?

A menstruação marrom ou escura pode ter diversas causas. São elas:

Menstruação na gravidez

Nenhum sangramento durante a gravidez é normal. Todo sangramento durante uma gestação de até 20 semanas é considerado uma ameaça de abortamento.

Porém, nas primeiras semanas de gravidez, algumas gestantes podem apresentar um pequeno sangramento marrom, rosado ou vermelho escuro. É o momento em que o embrião se prende nas paredes do útero (processo chamado de nidação). Isso só será concluído após avaliação da paciente pelo médico obstetra.

Um sangramento durante a gravidez também pode ser sinal de gravidez ectópica (quando o embrião se desenvolve fora da cavidade uterina), de um abortamento em curso ou de apenas uma ameaça de aborto. Em fases mais avançadas da gravidez, pode ser sinal de problemas mais graves da gestação, como descolamento da placenta ou mesmo o início do trabalho de parto, ou ainda traumas genitais, doenças ginecológicas do colo do útero, infecções sexualmente transmissíveis etc.

É preciso observar se esse tipo de sangramento vem acompanhando de outros sintomas, como dor abdominal, tonturas, dor nos ombros ou fraqueza excessiva, corrimento, história de trauma ou relação sexual recente. Em caso positivo, deve-se procurar o médico para diagnóstico. Por isso, a realização de consultas regulares de pré-natal é essencial desde a descoberta da gravidez até o pós-parto.

Menstruação no pós-parto

No período pós-parto, quando o útero ainda não voltou ao seu tamanho normal, é comum e esperado que haja sangramento (chamado de loquiação). Mas, durante essa fase, não é exatamente a menstruação que está acontecendo, e, sim, um sangramento vermelho-escuro com consistência espessa, o que pode confundir as mulheres.

É o momento em que o útero expele todo o tecido restante que o revestia durante a gestação, e esse período pode durar até cinco semanas, dependendo do corpo de cada mulher. A loquiação nos primeiros dias é mais avermelhada, depois passará a ser marrom, amarelada, até ser apenas uma secreção esbranquiçada.

O ginecologista e obstetra devem ser consultados caso o sangramento seja persistente ou apareçam outros sintomas, como cheiro ruim, febre, coágulos de sangue maiores que uma bolinha de pingue-pongue. Essas condições podem ser indicadoras de infecção pós-parto ou vaginose bacteriana.

Alterações hormonais ou menopausa

Algumas alterações hormonais podem alterar o ciclo menstrual, diminuindo ou até interrompendo o fluxo menstrual, como problemas da glândula tireoide, aumento do hormônio prolactina (responsável por estimular a produção de leite e o aumento das mamas) ou síndrome dos ovários policísticos.

Nos primeiros anos, após a primeira menstruação da vida (menarca), e nos últimos anos antes da última menstruação da vida (menopausa), é normal que os ciclos menstruais sejam irregulares. Isso pode gerar fluxos menstruais mais ou menos intensos, e até mesmo alguns ciclos ausentes.

A menopausa tem um diagnóstico baseado na ausência de menstruação por 12 meses. Depois desse período, qualquer sangramento pequeno ou grande é considerado anormal e deve ser investigado.

Em todas essas situações, se a mulher perceber uma alteração do seu ciclo menstrual ou da sua menstruação, é importante uma avaliação médica.

Uso de pílula anticoncepcional

O uso de métodos anticoncepcionais, medicamentos hormonais ou outros medicamentos de outras classes também podem causar alteração do fluxo menstrual, que pode se apresentar com um sangramento marrom escuro.

Durante o período de adaptação de métodos anticoncepcionais, é possível acontecer irregularidades menstruais, sangramentos de escapes, que podem ser de cor amarronzada. Se o sangramento de qualquer cor ou quantidade acontecer fora do período previsto, orientado pelo seu médico, busque reavaliação para entender se é parte do processo ou não. Nunca se medique sem orientação médica e sempre que iniciar um novo medicamento por algum motivo, questione o médico que está prescrevendo se essa medicação pode ter algum impacto em seu ciclo menstrual.

Infecções sexualmente transmissíveis (IST)

As infecções sexualmente transmissíveis causadas por bactérias, como, por exemplo, a clamídia e a gonorreia, podem deixar a menstruação mais escura devido à degradação mais rápida do sangue.

Além disso, o sangue ainda pode apresentar cheiro forte, corrimento marrom antes da menstruação, dores e febre. Se alguns desses sintomas acompanharem a menstruação marrom, é preciso consultar um médico para analisar o problema e iniciar o tratamento.

A melhor maneira de evitar infecções sexualmente transmissíveis é usando preservativo em todas as relações.

Adenomiose

Adenomiose é uma doença do útero, em que há crescimento de tecido endometrial (tecido que reveste a cavidade interna) dentro da parede do útero. Seu principal sintoma é o aumento do sangramento menstrual, o que pode acontecer fora do período menstrual. Geralmente a coloração desse sangramento é em vermelho vivo, porém, muitas vezes, ter sangramentos por longos períodos, pode alterar a cor para amarronzada.

Além de menstruação mais longa, que pode se estender por sete dias ou mais, dores na região pélvica também podem ser sintomas desse distúrbio.

Em caso de suspeita, o recomendado é ir ao ginecologista, que vai solicitar exames para avaliação do útero e da região pélvica, para verificar a gravidade e sugerir tratamento.

Mioma

Os miomas são tumores benignos do útero formados por tecido muscular. Eles podem ser únicos, múltiplos, grandes ou pequenos, podem acontecer em qualquer parte do útero e, os que crescem para dentro da cavidade do útero (submucosos) ou encostam nela, podem causar aumento do fluxo menstrual, muitas vezes com coágulos (pequenos pedaços de sangue).

O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos ou cirurgia, a depender da avaliação do ginecologista.

Pólipos

Os pólipos são hipercrescimentos anormais do endométrio. Podem acontecer na cavidade uterina (pólipos endometriais) ou no canal endocervical (pólipos cervicais). A maioria deles não causa sintomas, sendo descobertos por exames de rotina como o ultrassom.

Quando causam sintomas, o principal é um sangramento que pode aumentar o fluxo menstrual, ou ser um sangramento pequeno ou grande fora do período menstrual.

O tratamento para a maioria deles é a retirada cirúrgica através da técnica de histeroscopia (como uma endoscopia do útero) realizada por ginecologista especialista.

Istmocele

A istmocele é um defeito na cicatriz de cesárea, que forma uma pequena bolsa chamada de divertículo na parede anterior do útero, onde pode acumular sangue menstrual. O principal sintoma é o sangramento pós-menstrual geralmente amarronzado, que também pode ter um odor desagradável. Ou seja, a mulher menstrua normalmente, fica alguns dias sem nenhum sangramento e começa a apresentar esse pequeno fluxo.

Se isso acontecer, busque atendimento médico ginecológico para o correto diagnóstico.

Irritação causada por objetos

Caso a mulher esqueça um corpo estranho no local, como camisinha, absorvente interno, anel vaginal ou brinquedos eróticos, pode ser que ocorra um tipo de sangramento escuro com cheiro forte.

Nesse caso, é necessário retirar imediatamente o objeto, o que na maioria dos casos a própria mulher é capaz de fazer. Agora, caso não consiga retirar, ou ao retirar tiver sintomas de dor e secreção ou sangramento persistam, a mulher deve procurar um médico para a retirada do mesmo e avaliação do útero.

Sempre respeite o prazo e as orientações de uso de qualquer objetivo de uso intravaginal. Não introduza objetivos que não tem essa especificação.

Alterações emocionais

O excesso de estresse, ansiedade, depressão, ganho ou perda de peso ou a prática de esportes de alto desempenho também podem afetar o ciclo menstrual, causando alterações da menstruação ou até mesmo interrompê-la.

O primeiro passo é uma avaliação ginecológica completa para entender as causas. Após a investigação, se a conclusão for que são alterações emocionais, além do ginecologista, é importante envolver outros profissionais como endocrinologista, médico do esporte, psicóloga ou psiquiatra.

Para que se haja um bem-estar físico e emocional, é necessário investir em atividades físicas como esportes, musculação, caminhadas, meditação ou ioga.

Qual é o médico indicado para diagnosticar e tratar essa condição?

O médico indicado é o ginecologista, especialista em saúde do aparelho reprodutor feminino. Em casos de gravidez confirmada ou pós-parto, o obstetra, que cuida da gestação, parto e puerpério (pós-parto), é o profissional mais adequado.

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